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terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

OS 50 ANOS DA REVOLUÇÃO CUBANA

Algumas pessoas devem se perguntar qual o motivo da República de Cuba, uma ilha localizada na América Central, banhada pelo maravilhoso Mar do Caribe, ser tão comentada em todos os meios de comunicação com grande frequência.

Outros podem pensar: ora, é apenas uma ilha com pouco mais de 110.000 km2 e 13 milhões de habitantes! O que pode haver de tão inusitado nisso?Pois bem! Cuba não é só isso. Há uma história política e social inserida nesse território e intrinsecamente ligada à população que faz com que Cuba atualmente seja o país mais admirado (por alguns, é claro) do planeta. E mesmo que não seja admirado por outros, é inegável que sua especificidade política a torne, no mínimo, objeto de curiosidade e atenção.

Foi diante de todos esses fatos que nós, do Sindminérios, em conjunto com diversos segmentos sindicais, políticos e sociais, estivemos naquele país para participarmos das atividades de comemoração dos 50 Anos da Revolução Cubana e trazermos para você a nossa versão!

Nossa excursão aconteceu de 28 de dezembro/08 a 2 de janeiro/09.

Dia 29 de dezembro/08 - Em Havana, capital de Cuba, no Palácio das Convenções, localizado na Praça da Revolução, nos encontramos com companheiros que participaram ativamente na Revolução. Brindaram-nos com uma ampla palestra com riqueza de informações e detalhes sobre a rotina da milícia e as aventuras dos companheiros no processo revolucionário liderado por Fidel Castro.

Segundo eles, o Ditador Fulgêncio Batista por meio do Golpe de Estado de 1952, utilizou os mesmos recursos de seus antecessores e reproduziu toda a tirania através da exploração das riquezas da ilha, bem como a exploração da força de trabalho de seus habitantes e toda a sorte de desmandos, opressão e conchavos políticos, apoiado pelos EUA.

Dia 30 de dezembro/08 - Fomos para Santa Clara e visitamos o Memorial e Museu Ernesto Chê Guevara, onde estão depositadas as cinzas de Chê e de outros valorosos combatentes assassinados na defesa do processo revolucionário.

Visitamos também o trem blindado. A curiosidade deste trem é que ele era totalmente blindado e vinha com farto aparato bélico para atender as demandas de opressão ao movimento revolucionário. Os guerrilheiros descobriram que o piso do trem era de madeira. Liderados por Chê Guevara, um grupo de 16 combatentes o dinamitaram. O trem descarrilou e todo o armamento foi utilizado em favor dos revolucionários.

Na noite do dia 30, nos encontramos com os CDR (Comando de Defesa da Revolução). Num primeiro momento, imaginávamos que seríamos recebidos por um grupo de pessoas que nos apresentaria a “logística” de um CDR, mas qual foi nossa surpresa?! Uma linda e emocionante festa, com direito a bolo, comidas e bebidas típicas com direito a bolo, comidas e bebidas típicas (tudo muito bem regrado, pois nada é voltado para o supérfluo ou consumo exacerbado) da ilha. As crianças fizeram uma apresentação musical, os adultos declamaram poesias! Estávamos todos muito emocionados!

Essa comunidade maravilhosa acredita que toda a América Latina deveria ser uma só voz, um só país, todos irmãos e irmãs. Irmãos e irmãs revolucionários!

Dia 31 de dezembro/08 – Fomos recebidos por representantes da Associação de Combatentes da Revolução Cubana que nos explicaram que a Revolução Cubana é feita no dia-a-dia, construída por toda a população, mulheres e homens. E o cruel embargo econômico imposto pelo déspota governo americano os torna mais fortes e combativos. Neste dia, visitamos também o centro da província.

Dia 1 de janeiro/09 - Fomos para Sanctí Spíritus em visita ao Museu Nacional “Camilo Cienfuegos”.

Conhecemos a história desse maravilhoso revolucionário que também abdicou de sua juventude, ou melhor, utilizou sua juventude em favor da revolução. Para os cubanos, Camilo e Chê estão em pé de igualdade na reverência e admiração. A diferença, talvez, seja que Camilo nasceu na ilha e veio de família camponesa.

Dia 2 de janeiro/09 - Fizemos um passeio pela história de Cuba. Visitamos a cidade de Havana, na região conhecida como Havana velha.

A região é mágica, com prédios históricos e bem cuidados; uma imensa praça onde acontece a feira de livros; uma enorme feira de artesanato local; museus; o Malecon, que é um grande muro de proteção a cidade contra o oceano, onde as pessoas passeiam pelo calçadão; La Rampa, uma rua circundada por bares onde rola a paquera e a alegria dos jovens; fábrica de charutos; fábrica de Rum.

Cuba não tem analfabeto, o ensino é gratuito até a universidade.

A saúde é gratuita, não há instituições privadas.

O transporte é gratuito, porém, há defasagem de atendimento pelo embargo econômico imposto pelos EUA.

Quase 100% da população possue água encanada e tratada (todos tomam a mesma água). Quase 100% da população possue esgoto tratado. Todos têm moradia.

Devido ao embargo econômico, a manutenção das habitações é muito prejudicada.

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